quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tchau, C

     Vou andando e dando tchau à C, por vários lugares, despedindo-me, em verdade, tanto destes quanto dela. A propósito, obrigado, N, pelo recurso de discrição.
     Tornou-se hábito. Hoje, estava eu lá na L e, reconhecendo uma banca de jornal comum à nossa atenção outrora, num ímpeto saltou de mim uma despedida. "Tchau, C". Não que fosse a última vez que eu veria tal banca; foi mais como despedir-me de um tempo antigo que ficara estagnado lá nos arredores.
     A banca de jornal. Nem me lembrava dela. Tchau, C.
     Há a agência de banco e a esfiharia. Tchau, C. O banco de pedra ao lado das escadarias. Tchau, C.
     E, mais aqui para perto, ontem divisei um outro banquinho de pedra - que, melhor dizendo, é apenas o abrigo do hidrômetro de uma pizzaria. Houve um evento melancólico envolvendo aquele recanto da calçada, ou algo similar. Lembro-me de alguma troça sobre os vários esperadores de ônibus que insolitamente se abarrotavam pelo ponto ali próximo. Tchau, C.
     Vou andando e dando tchau à C, aos lugares e ao tempo. Reminiscências por todos os lados.
     Tchau, C.