Vem-me ocorrendo de o acaso conceder-me mais
encontros fortuitos ultimamente que em toda minha vida. Um, dois, três; já
estou no quarto e acho que outro dia houve o quinto, mas não pude confirmar o
reconhecimento.
No começo achei engraçado e oportuno; eventos tais
que dão chances a emprestar do destino suas qualidades mais agradáveis para
fazer gracejos.
Mas será que não vão parar? Já estou quase esperando
o próximo, rapidamente esgotando-me do atual, cada vez mais os alimentando
intensamente para igualmente abdicar de grandes esforços quando acho que de
nada resultará o tempo aplicado.
Mais como uma coleção de realidades alternativas, em
que só o primeiro seria o suficiente, e seria o ideal; noutra, o segundo; e
adiante.
Tenho vivido esta rotatividade semelha a estas frases
curtas, que não consigo muito prolongar. O pensamento longo tem parecido tão
descartável, assim como a memória, assim como a fortuna.
Uma explosão de vontade e o súbito medo,
desinteresse, desengano. Sou eu, passando veloz por mim mesmo e por meu maior
desejo. Inadequado e inadequando-os.
E o texto é incompreensível porque quero sua
compreensão só para mim, e que as tentativas de interpretação sejam embalde;
contudo, quero leitores.