Deparo-me com o essencialmente branco painel de
postagem deste blog, mas não me sinto totalmente apto a escrever, ou com
assunto suficiente. Durante o dia, agora que voltei a escrever, de qualquer
reflexão sobre alguma trivialidade nasce um texto em potencial para o blog. E
era mais ou menos assim, antes... tirando que, nos últimos momentos, que eram o
ápice, de meus dias verdadeiramente criativos do passado, comecei a
converter toda essa reflexão cotidiana em adendos às histórias que tinha em andamento.
Bem, lá vai uma publicação no estilo de diário,
então. Hoje não estou muito para meu habitual arremedo de filosofia. Estou é
cansado para reflexões sobre meus dias; mais ainda para escrever bem.
Gosto de tomar um copão de água, gelada por dois cubos
de gelo - as garrafas de água de colocar na geladeira, aqui, têm uma tampa que
me parece soltar ferrugem ou algo do tipo, então prefiro não tomar delas -, à
noite, antes de dormir, quando já estou pensando em desligar o computador.
Acabei de tomá-lo, na verdade. De uma vez só, como sempre. Engraçado é que vou
juntando os copos aqui na mesa do computador, mesmo; de repente estão cá todos
os copos deste tamanho e sinto-me bagunceiro.
Dia destes estive me perguntando se as mulheres feias
costumam ou não perdoar Vinicius. Terão de perdoá-lo até quando?
A reorganização de meus livros nas prateleiras de meu
quarto ficou formidável.
Acho que não estou sabendo escrever este diário.
Lembrei-me de Marino, ele é quem costuma usar essa
locução verbal: "não tô sabendo". Se é que bem me lembro de ele
falando.
Certo mesmo era que eu não estivesse aqui escrevendo
tró-ló-lós para o blog e sim estudando. Meus deveres para o feriado são:
finalizar a transcrição de conversação e tecer comentário; refazer prova de
Literários, graça concedida pelo professor para amenizar minha nota burlesca;
estudar para prova de Clássicos, que negligenciei durante todo o semestre;
começar trabalho de Literários, que farei com Paula, e por começar quero dizer
ler os textos teóricos com atenção. Ando desfocado. Pelo que me conheço,
passarei o feriado inteiro tendo a impressão de que o pouco que estarei fazendo
é bastante e de que estarei me empenhando e, semana que vem, passarei apuros.
Não tenho ido com a frequência que gostaria ao
caratê. É uma de minhas atividades diárias em que mais me aplico, mas mesmo
assim... minha frequência é, muitas vezes, quebrada por meus motivos tolos.
Outro dia, talvez segunda ou terça, eu estava
caminhando com uma amiga pela estação Luz. Não sei quem disse algo engraçado, e
ela deu uma risada mais alta que seu normal, que já é alto. Para ser sincero,
não me lembro mesmo de como tudo começou. Sei que, nesse momento, forcei uma
gargalhada muito escandalosa; tal gargalhada saiu muito gostosa, e eu
simplesmente não conseguia mais parar de rir gritando maniacamente, e ela -
talvez por necessidade, talvez por emulação ou meramente por simpatia - deu-se
a gargalhar igualmente. Durante alguns segundos inteiros e longos eu retomava o
ar para rir bem alto de novo. Senti-me muito feliz naqueles momentos... como se
eu estivesse rindo pelo tanto que não ri nos últimos tempos, como se eu
estivesse tentando me compensar pela taciturnidade em que me encontrava.
O professor de Clássicos chamou-me de maluco - sem
saber. Disse que só um ou outro doido entrava para a Letras com intenção
primeira de estudar e fazer habilitação em Grego ou Latim; segundo ele,
geralmente quem faz tais cursos ou faz porque não conseguiu vaga na
habilitação pretendida ou porque começou a gostar dos estudos clássicos
durante o primeiro ano do curso. Vir de fora, entretanto, como eu, tencionando
estudar Letras Clássicas, para ele, é raridade ou mera maluquice. Vejam só. Mas
gosto dele, ainda assim.
Neste momento, meus pensamentos estão se desviando
para uma pessoa em especial. Prefiro encerrar esta postagem estranha por aqui
mesmo, antes que se torne mais um fútil enaltecimento do amor - que é,
inevitavelmente, o que virá em alguns dias.
Mesmo você considerando um texto cheio de "tro-ló-ló", a sensação de ler é como se eu estivesse lendo uma página qualquer de um livro.Eu não sei a história por completo mas, ainda assim é bem escrito e tem sentido,embora um sentido mais "focado" em falar o que veio na cabeça,o que você esta pensando e não explicar tudo o que isso representa =) Gostei.
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