Você indo, eu voltando... através da plataforma, te vejo no outro trem, um instante antes de sumir da vista no movimento que te leva embora. E eu não sei se você me viu ou não. Queria tanto que tivesse me visto...
O trem que me leva pra longe de você é cruel. Poderia descer na estação seguinte, mas sei que nunca vou te alcançar, e sempre chegarei tarde demais para saber em qual estação voce desceu.
De que me adianta olhar para todos os trens à sua procura, agora? Seria como te procurar olhando para a multidão que passa na frente do Teatro Municipal, ou na 25 de Março no dia das mães. Improvável te rever. E insano; pode ser que no momento em que eu descansar os olhos você passe e eu não veja. É melhor não fazer nada disso e contar com a sorte de novo...
Mesmo assim agora eu sempre observo as pessoas no trem oposto.
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