Há cinco níveis, abrangentes, perceptíveis, para a concepção de uma história.
O primeiro é o básico, que conta uma história verídica, uma biografia, um relato de uma de tantas guerras que nosso mundo assolaram.
O segundo ocorre quando se cria uma história fictícia dentro de nosso Universo. Um futuro próximo alternativo, um personagem inventado mas perfeitamente normal, como qualquer um de nós, se é que somos todos perfeitamente normais, algum conto romântico platônico contemporâneo.
O terceiro é quando se cria uma fantasia, um Universo fictício, com seres inexistentes, mitologia própria, relações diferentes entre seus habitantes e a natureza, ou as forças da natureza, um quê de magia, demônios e deuses estranhos, complexos, vingativos e/ou amistosos, regras físicas, químicas e matemáticas levemente alteradas, para dar os contornos necessários para a trama.
O quarto é quando se mistura este novo Universo ao nosso, partindo do pressuposto de que estes estavam bem separados. Por meio de alguma magia exclusa, alguma porta dimensional, ou seja lá o que for, os dois Universos entram em contato, e deste contato saem faíscas, e humanos céticos fogem de ciclopes de lá, e cientistas loucos de cá promovem experiências bizarras com sátiros e unicórnios.
O quinto é quando se coloca um dentro do outro, e dentro de outro, e numa ideia incrível tudo se engloba, de forma infinitamente abrangente. Não mais se sabe qual mundo surgiu de qual, ou qual tem domínio sobre qual, e quantos outros Universos dentro desta confluência podem nascer ou se fazer visíveis, sendo que qualquer novo mundo que surja pode ser visto de forma totalmente independente, brigando ele mesmo pelo domínio dos outros, como um deus que cria outro deus, que acaba criando outro deus, e este, por sua vez, sem perceber, cria o criador de seu criador, num paradoxo inenarrável.
E sabe-se lá quantas voltas isto deu, ou quantas vai dar, se termina ou não, meu Deus! Quem foi que te criei? Há um complemento para tudo, ainda para surgir, que falta para que todas as histórias e Histórias possam por fim se unir numa corrente de eventos totalmente entrelaçada, sem pontas soltas, mas tampouco visíveis, decerto inexistentes. É como se houvesse um propósito indecifrável para todas as ideias que já foram escritas, e que ainda serão. Como se estivéssemos dando corda em todas as facetas deste Universo, e nossas histórias dando corda em outros versos intangíveis, e suas histórias também, todos simultaneamente, até que em determinado momento estalaremos a corda, chegando ao tão esperado momento, em que Tudo começará a rodar, como o carrinho dispara assim que o soltamos no chão, ávido para existir, cumprir seu propósito, ou o propósito de quem dá corda.
O que nos leva ao início. Pois por qual superfície este carrinho andará? Não se pode alcançar o final desta incerteza. Algo misterioso sempre aparecerá por trás de qualquer teoria complexa e profunda. E, por trás deste Algo, Outra Coisa ainda existe. E depois. E depois. E depois, e ainda antes, e para sempre.
Estamos presos. Não só nós. Os mundos que criamos estão presos. O carrinho está preso. O plano por onde ele correrá está preso. O Algo está preso. E a Outra Coisa. E tudo, e Tudo. Cada um preso dentro de algum lugar; e em cada lugar se acredita que o que está além conhece todos os segredos e detém todas as chaves. Talvez o que está além conheça as respostas para o Universo que está a seu alcance, sob seu provável domínio. Mas se perde como habitante de seu plano em busca de uma resposta maior.
Estamos presos.
O segundo ocorre quando se cria uma história fictícia dentro de nosso Universo. Um futuro próximo alternativo, um personagem inventado mas perfeitamente normal, como qualquer um de nós, se é que somos todos perfeitamente normais, algum conto romântico platônico contemporâneo.
O terceiro é quando se cria uma fantasia, um Universo fictício, com seres inexistentes, mitologia própria, relações diferentes entre seus habitantes e a natureza, ou as forças da natureza, um quê de magia, demônios e deuses estranhos, complexos, vingativos e/ou amistosos, regras físicas, químicas e matemáticas levemente alteradas, para dar os contornos necessários para a trama.
O quarto é quando se mistura este novo Universo ao nosso, partindo do pressuposto de que estes estavam bem separados. Por meio de alguma magia exclusa, alguma porta dimensional, ou seja lá o que for, os dois Universos entram em contato, e deste contato saem faíscas, e humanos céticos fogem de ciclopes de lá, e cientistas loucos de cá promovem experiências bizarras com sátiros e unicórnios.
O quinto é quando se coloca um dentro do outro, e dentro de outro, e numa ideia incrível tudo se engloba, de forma infinitamente abrangente. Não mais se sabe qual mundo surgiu de qual, ou qual tem domínio sobre qual, e quantos outros Universos dentro desta confluência podem nascer ou se fazer visíveis, sendo que qualquer novo mundo que surja pode ser visto de forma totalmente independente, brigando ele mesmo pelo domínio dos outros, como um deus que cria outro deus, que acaba criando outro deus, e este, por sua vez, sem perceber, cria o criador de seu criador, num paradoxo inenarrável.
E sabe-se lá quantas voltas isto deu, ou quantas vai dar, se termina ou não, meu Deus! Quem foi que te criei? Há um complemento para tudo, ainda para surgir, que falta para que todas as histórias e Histórias possam por fim se unir numa corrente de eventos totalmente entrelaçada, sem pontas soltas, mas tampouco visíveis, decerto inexistentes. É como se houvesse um propósito indecifrável para todas as ideias que já foram escritas, e que ainda serão. Como se estivéssemos dando corda em todas as facetas deste Universo, e nossas histórias dando corda em outros versos intangíveis, e suas histórias também, todos simultaneamente, até que em determinado momento estalaremos a corda, chegando ao tão esperado momento, em que Tudo começará a rodar, como o carrinho dispara assim que o soltamos no chão, ávido para existir, cumprir seu propósito, ou o propósito de quem dá corda.
O que nos leva ao início. Pois por qual superfície este carrinho andará? Não se pode alcançar o final desta incerteza. Algo misterioso sempre aparecerá por trás de qualquer teoria complexa e profunda. E, por trás deste Algo, Outra Coisa ainda existe. E depois. E depois. E depois, e ainda antes, e para sempre.
Estamos presos. Não só nós. Os mundos que criamos estão presos. O carrinho está preso. O plano por onde ele correrá está preso. O Algo está preso. E a Outra Coisa. E tudo, e Tudo. Cada um preso dentro de algum lugar; e em cada lugar se acredita que o que está além conhece todos os segredos e detém todas as chaves. Talvez o que está além conheça as respostas para o Universo que está a seu alcance, sob seu provável domínio. Mas se perde como habitante de seu plano em busca de uma resposta maior.
Estamos presos.
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