Alguém tente me dizer sobre o que não se imagina que outrem possa sentir como sinto. Para mim, e é dispensável qualquer estudo que prove o contrário, não se ama ninguém como amo alguém. Pelas galerias de minhas recordações, há inumeráveis sorrisos de amor em retratos vívidos, e eu caminho pelos corredores dos salões de minha paixão a olhar cada olhar de um castanho claro e divino que se imprime em mil tonalidades em suas íris que contêm todo o amplexo de sentimentos fugidios nos quais naufrago sem me molhar, pois fogem de meu toque por centímetros.
É uma questão de abandono. E dedicação. Vejo ao longe, ainda que às vezes bem pálido, quase indistinguível, a raiz das minhas motivações para tudo. É um só sonho, um só desejo, que me faz buscar todos os meios para alcançá-lo. Isso faz com que os meios se confundam com "outros sonhos". Os meios são tudo que buscamos aperfeiçoar: alguma forma de expressão artística, altas patentes em empresas, vigor físico, etc.. Tudo não passa de meios para se atingir o objetivo maior, o grande sonho - vamos torná-lo graficamente especial adicionando maiúsculas: O Grande Sonho.
O Grande Sonho. Ele surge a qualquer momento e nunca mais vai embora. Se algum dia se acreditou ter O Grande Sonho presente, mas depois dele se abriu mão, não era O Grande sonho; era só um grande sonho. Penso que, embora esteja escrevendo sobre algo tão incrível, talvez o que eu tome por O Grande Sonho na minha vida seja, na verdade, só um grande sonho. Não posso afirmar que sei que é ou não; eu estaria sendo obtuso, e tenho apreço pela incerteza. Mas, pelo menos por agora, a mim me parece que Meu Grande Sonho é o definitivo.
E por ele eu me dedico às atividades que me agradam e vivo meus "meios" disfarçados de outros sonhos, sempre à espera do dia em que a melhor das chances soprará sua deixa em meu ouvido, e serei um misto indissociável de técnica e impulso, de controle e receio, de precisão e titubeios e, em um só momento, em uníssono, se todos os diminutos planos derem certo, se abraçarão Dois Grandes Sonhos.
Meu Grande Sonho é um momento. Pela minha mente passam cinematograficamente detalhes espetaculares da ocasião, eu vejo os olhos e os sorrisos, ouço os acordes, sinto os perfumes e os cabelos livres nos lados dos rostos, há também o delicioso frio que nos invade a partir do coração em momentos emocionantes, mas ainda mais forte, sinto as dores das angústias fugindo da certeza, e haverá também o luar, pois será durante a noite, e estrelas longínquas, que talvez sustentem outras vidas a contemplar o brilho mínimo e unidimensional de nosso astro e a realizar Seus Grandes Sonhos e a imaginar se há vidas realizando Seus Grandes Sonhos sustentadas por este pontinho de luz enquanto pensam a mesma coisa sobre eles e daí para sempre neste ciclo. Meu Grande Sonho é lindo em prosa, verso, acorde, tinta e, é claro, possui todo o encanto do mistério existencial.
Depois dele, quero uma vida de profundo deleite, sem mil roteiros por dia, e todas as grandes realizações somente possíveis após o sucesso d’O Grande Sonho.
Depois, vem O Fim, e o começo d'A Grande Memória.
É uma questão de abandono. E dedicação. Vejo ao longe, ainda que às vezes bem pálido, quase indistinguível, a raiz das minhas motivações para tudo. É um só sonho, um só desejo, que me faz buscar todos os meios para alcançá-lo. Isso faz com que os meios se confundam com "outros sonhos". Os meios são tudo que buscamos aperfeiçoar: alguma forma de expressão artística, altas patentes em empresas, vigor físico, etc.. Tudo não passa de meios para se atingir o objetivo maior, o grande sonho - vamos torná-lo graficamente especial adicionando maiúsculas: O Grande Sonho.
O Grande Sonho. Ele surge a qualquer momento e nunca mais vai embora. Se algum dia se acreditou ter O Grande Sonho presente, mas depois dele se abriu mão, não era O Grande sonho; era só um grande sonho. Penso que, embora esteja escrevendo sobre algo tão incrível, talvez o que eu tome por O Grande Sonho na minha vida seja, na verdade, só um grande sonho. Não posso afirmar que sei que é ou não; eu estaria sendo obtuso, e tenho apreço pela incerteza. Mas, pelo menos por agora, a mim me parece que Meu Grande Sonho é o definitivo.
E por ele eu me dedico às atividades que me agradam e vivo meus "meios" disfarçados de outros sonhos, sempre à espera do dia em que a melhor das chances soprará sua deixa em meu ouvido, e serei um misto indissociável de técnica e impulso, de controle e receio, de precisão e titubeios e, em um só momento, em uníssono, se todos os diminutos planos derem certo, se abraçarão Dois Grandes Sonhos.
Meu Grande Sonho é um momento. Pela minha mente passam cinematograficamente detalhes espetaculares da ocasião, eu vejo os olhos e os sorrisos, ouço os acordes, sinto os perfumes e os cabelos livres nos lados dos rostos, há também o delicioso frio que nos invade a partir do coração em momentos emocionantes, mas ainda mais forte, sinto as dores das angústias fugindo da certeza, e haverá também o luar, pois será durante a noite, e estrelas longínquas, que talvez sustentem outras vidas a contemplar o brilho mínimo e unidimensional de nosso astro e a realizar Seus Grandes Sonhos e a imaginar se há vidas realizando Seus Grandes Sonhos sustentadas por este pontinho de luz enquanto pensam a mesma coisa sobre eles e daí para sempre neste ciclo. Meu Grande Sonho é lindo em prosa, verso, acorde, tinta e, é claro, possui todo o encanto do mistério existencial.
Depois dele, quero uma vida de profundo deleite, sem mil roteiros por dia, e todas as grandes realizações somente possíveis após o sucesso d’O Grande Sonho.
Depois, vem O Fim, e o começo d'A Grande Memória.
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