Um caminhão de lixo se aproximava, a seus dez quilômetros por hora. Um gari, de feições lusitanas, ostentando um farto bigode, estava montado em seu pára-choque traseiro. Um funcionário da Casas Bahia caminhava em sentido contrário ao do caminhão, na calçada da pista de sua contramão.
Seus olhares se encontraram. Ao acaso, o funcionário da Casas Bahia pensou: "Hahaha! Se esse cara gritar 'E aí, Bahia!', eu respondo 'E aí, bigode!'".
Do caminhão, também totalmente por acaso, o gari pensou: "Se aquele cara me chamar de bigode, respondo 'E aí, Bahia!'", como se já estivesse acostumado a ser chamado dessa forma.
Tudo isso durou apenas três segundos, mas pareceram dez. Logo em seguida, um cisco entrou no olho do funcionário da Casas Bahia, que esqueceu-se completamente do gari, que o observou coçar os olhos durante alguns metros percorridos pelo caminhão, mas que também o esqueceu por completo assim que se distraiu com um artista fazendo papel de estátua-viva, um pouco à frente.
Nem um nem outro chegou a pensar novamente sobre cumprimentar desconhecidos naquele dia.
Seus olhares se encontraram. Ao acaso, o funcionário da Casas Bahia pensou: "Hahaha! Se esse cara gritar 'E aí, Bahia!', eu respondo 'E aí, bigode!'".
Do caminhão, também totalmente por acaso, o gari pensou: "Se aquele cara me chamar de bigode, respondo 'E aí, Bahia!'", como se já estivesse acostumado a ser chamado dessa forma.
Tudo isso durou apenas três segundos, mas pareceram dez. Logo em seguida, um cisco entrou no olho do funcionário da Casas Bahia, que esqueceu-se completamente do gari, que o observou coçar os olhos durante alguns metros percorridos pelo caminhão, mas que também o esqueceu por completo assim que se distraiu com um artista fazendo papel de estátua-viva, um pouco à frente.
Nem um nem outro chegou a pensar novamente sobre cumprimentar desconhecidos naquele dia.
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